XV Troféu Dom Quixote

29 de dezembro de 2006

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Na noite do dia 29 de novembro passado em Brasília, o Supremo Tribunal  Federal abrigou um dos momentos mais bonitos proporcionados pela entrega dos Troféus Dom Quixote da Mancha e Sancho Pança.

O brilho e a beleza se deveram, entre outras coisas, à singeleza e ao clima de companheirismo e amizade entre os confrades que com muito orgulho recebiam seus troféus com poesia e, em outros casos, com emocionadas lágrimas nos olhos.

À ocasião, os presentes estavam ansiosos pela abertura da solenidade com as palavras do presidente da Confraria Dom Quixote, ministro Francisco Peçanha Martins. Havia poesia nas palavras dos oradores Ayres Britto e Souza Prudente, como também nas de Orpheu Salles e Bernardo Cabral, que unidos por seus ideais enalteceram o valor da verdadeira amizade e fidelidade, tão presentes na obra de Cervantes. O desembagador federal Souza Prudente ao receber seu troféu recitou versos, no que ele chamou de “alma cervantina”, para homenagear essa novela de homens livres.

Em 1999, ano da fundação da Revista Justiça e Cidadania, seu idealizador, Orpheu Salles participou, a convite do desembargador Gilberto Rego do Tribunal de Justiça do estado do Rio de Janeiro, de uma homenagem ao presidente e vice-presidente do Supremo Tribunal Federal, ministros Carlos Mário Velloso e Marco Aurélio Mello, respectivamente, quando fez a primeira entrega do Troféu Dom Quixote.

No discurso de agradecimento o ministro Velloso confessou que Dom Quixote sempre foi seu herói e que atualmente o juiz brasileiro é um pouco o personagem pois tem que enfrentar muitos moinhos para proporcionar a justiça aos mais necessitados no Brasil.

Por sua vez o ministro Marco Aurélio disse que deixaria o Troféu Dom Quixote em seu gabinete de trabalho, para que sempre que despachasse, olhando para a figura do personagem de Cervantes, se inspirasse em sua coragem e lembrasse dos milhões de desassistidos brasileiros que necessitam de justiça.

Surpreso com a receptividade dos agraciados, Orpheu Salles instituiu o Troféu Dom Quixote como símbolo da Revista e o concede às personalidades que se destacam na luta em defesa da ética, da moral e dos direitos da cidadania.

O Troféu Sancho Pança surgiu em seguida para homenagear os já homenageados com o Troféu Dom Quixote, pois o personagem Sancho representa a fidelidade aos princípios que os fizeram receber o primeiro troféu.