Os Mosqueteiros da Democracia

30 de agosto de 2001

Compartilhe:

(Editorial originalmente publicado na edição 18, 08/2001)

“Hay que elldurecerse, pero sin perde la ternura jarnas.”
Che Guevara

Da história e estória que os escritores e literatos franceses legaram, são destaques os acontecimentos políticos e sociais da Revolução Francesa a partir de 14 de julho de 1789 com a Tomada da Bastilha, seguida da efetiva participação revolucionaria de DANTON, MARAT, ROBESPIERRE e outros, os quais, foram influenciados pelos fil6sofos MONTESQUIEU, VOLTAIRE, ROUSSEAU, DIDEROT e a Enciclopédia que propagaram o combate contra o absolutismo real, criticaram a ordem social, lutaram e demonstraram a necessidade das reformas, cujos resultados salutares chegaram ate nós.

Com a queda de Luis XVI, executado em 21 de janeiro, e Maria Antonieta, em 16 de outubro de 1793, e Proclamada a Republica, foi extinta a Guarda do Rei, os quais passaram a posteridade, com grande repercussão literária, como os Mosqueteiros, cujas ações heróicas ainda repercutem.

Quem não conhece, na literatura, no cinema e em novelas de televisão, as aventuras dos Mosqueteiros e, principal mente, do valoroso Dartagnan, defendendo e tudo arriscando para salvar a honra da Rainha e da França.

Hoje já não existem mais os espadachins, nem se tornam necessários os Mosqueteiros para defenderem a honra dos governantes e do povo, mas, nunca como agora, a Nação c1ama por defensores como os heróis do passado para impedirem os roubos do patrimônio publico que vem sendo dilapidado por políticos despudorados e administradores ladravazes.

A Constituição Federal, artigo 127, conferiu aos representantes do Ministério Público autonomia funcional e administrativa, como instituição permanente, incumbindo-lhes a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais do povo e da Nação.

Entretanto, os representantes do Ministério Público, com todo o arcabouço administrativo que a Nação tem colocado a disposição dos mesmos, somente tem cumprido palidamente as obrigações e deveres que a Constituição lhes outorgou. Poucos são aqueles que, com denodo e coragem, tem levado a bom termo o pleno combate aos prevaricadores, corruptos e ladrões dos dinheiros públicos.

É evidente que não desejamos a implantação do terror justiceiro, como Fidel implantou nos albores da Revolução Cubana – contrariando a filosofia de Guevara-, quando mandou aplicar aos ladrões e exploradores do povo e da Nação a pratica do ‘PAREDON’ aqueles milionários e oligarcas que não conseguiram comprovar a origem ifcita e legal de seus astronômicos bens – entretanto -, os representantes do Ministério Publico, tanto federal como estadual, tem de agir com mais desenvoltura, não aceitando a mordaça que lhes querem impar, para, destemidamente, expar a Nação, com provas, os corruptos e corruptores que infestam e grassam em todo o País.

Cabe ao eminente Procurador-Geral da Republica,Geraldo Brindeiro, assumir o papel de Dartagnan e promover as providencias necessárias, justas e devidas, para que seus pares ajam como os Mosqueteiros, defendendo o Povo, o erário e a pátria.