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O Lobo perde o pelo, mas não perde o vício

31 de dezembro de 2009

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O velho e surrado provérbio do lobo se aplica igualmente aos ladrões, estupradores, estelionatários e principal­mente aos políticos corruptos que infestam a vida pública brasileira, e que, a cada dia praticam mais e reiteram seus deprimentes crimes contra a sociedade que juraram defender.
Os escândalos largamente difundidos nos jornais e televisão com as imagens de políticos em Brasília, recebendo pacotes de dinheiro advindo de empreiteiras de obras públicas e concessionárias de serviços, afrontam descaradamente a opinião pública.
Os deputados, secretários de Estado e o próprio Governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, diretamente atingidos pelas imagens das cenas transmitidas pela televisão, inclusive pelas diligências da Polícia Federal, representam a atual situação de desmoralização e o quadro putrefato do governo da capital da República.
A continuada delinquência praticada pelo já conhecido, José Roberto Arruda, desde os tempos em que, como senador, na companhia do também conhecido Antonio Carlos Magalhães, participaram da quebra do sigilo das votações no Senado Federal, se renova dando vazão ao velho provérbio.
Vale lembrar que da vil maroteira que a dupla praticou naquela Casa do Congresso Nacional, ressaltaram-se na ocasião as cenas patéticas e lamuriosas do então senador José Arruda, chorando, pedindo perdão e invocando o nome de Deus. Tudo mentira. Era o perjuro confessando o crime, que agora em pior situação, pratica vergonhosamente.
A Nação, estarrecida com tanta podridão, falta de caráter, pudor e vergonha desses biltres, políticos desonestos e imorais, que corroem com despudor as funções que exercem, espera ansiosa e impacientemente que a Polícia Federal conclua com presteza as investigações, já que as provas vivas das improbidades praticadas são demais notórias, encaminhando os processos devidamente instruídos com as provas mais que evidentes como publicadas nos jornais e Televisão, para que a Justiça tenha condições de rapidamente condenar esses rapineiros dos dinheiros públicos.
É firme a atuação do Relator do escabroso processo que transita no Superior Tribunal de Justiça, sob a responsabilidade do eminente e digno jurista, Ministro Fernando Gonçalves, cujas providências tomadas em benefício da justa apuração dos crimes denunciados já demonstram que desta vez os delinquentes pagarão pelos desmedidos crimes  praticados.
Do que foi visto nas televisões e lido nos jornais, de tanta patifaria e canalhice, o que avulta de revolta, asco e nojo, é o cinismo dessa camarilha criminosa que jurou defender o povo, que se queda desamparado, sem a devida assistência nos hospitais públicos, enquanto essas quadrilhas se lambuzam com o dinheiro que falta nos hospitais, nas creches, nas estradas e no saneamento básico.