Um exemplo de competência, retidão e sensibilidade

30 de agosto de 2022

Renata Gil Presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB)

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O ensejo de proferir palavras ao ministro Luís Felipe Salomão sempre será motivo de grande alegria. O ministro do STJ é, sem dúvidas, uma das grandes referências do nosso Poder Judiciário. É não apenas uma mente distinta e brilhante, mas também uma referência de pessoa e de magistrado. Com a sua excelência incontestável, fez-se uma das figuras jurídicas que ajudou a construir a história democrática da República. 

A sua carreira, iniciada com a graduação em Direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), acumula mais de três décadas de atuação em âmbito jurídico, de modo que suas inúmeras contribuições para o Sistema de Justiça fazem parte do enredo da democracia do País. Ainda que nascido em Salvador, no ano de 1963, o ministro construiu sua carreira acadêmico-jurídica sobretudo no Rio de Janeiro e, hoje, possui currículo que, em breves linhas, é impossível contemplar adequadamente. Porém, não poderia deixar de tecer alguns destaques: foi juiz e desembargador do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, ministro do TSE e Corregedor-Geral da Justiça Eleitoral. Na ocasião presente, integra a Corte Especial, a 2ª Seção e a 4ª Turma do STJ. Mas ainda vai além. 

Tenho a felicidade e a honra de compartilhar com ele a veia associativa. O ministro desempenhou trabalho primoroso como presidente da Associação dos Magistrados do Rio de Janeiro (2002-2003) e como diretor-presidente da Escola Nacional da Magistratura (2005-2007). Para mais, atuou como secretário-geral (1998-1999) e diretor (2000-2002) na Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB). Atualmente, exerce com maestria o cargo de diretor do Centro de Pesquisas Judiciais (CPJ/AMB).

Além do seu destacado currículo, importa louvar sua competência, retidão, cultura, comprometimento e sensibilidade com a Justiça e com o fortalecimento da magistratura. O mundo jurídico envolve a todos da carreira em uma série de desafios e a sua atuação deixa claro que, diante do objetivo de alcançar uma Justiça compromissada com a democracia e o Estado de Direito, deter-se nunca foi uma opção. Com o acúmulo de predicados que o consagram como uma das personalidades mais ímpares do País, ocupará com louvor o cargo de Corregedor-Geral de Justiça. 

A propósito, reitero o que disse em sessão de aprovação do seu nome na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania: “Com a experiência adquirida ao longo de sua carreira, desempenhará essa nobre função com brilhantismo”. Felizes de nós que podemos fazer parte como testemunhas de outra fase histórica na trajetória desse magistrado exemplar, vanguardista na profissão e protetor das garantias constitucionais. Em reconhecimento ao seu passado jurídico, em confirmação ao seu presente e em confiança ao seu futuro como Corregedor-Geral de Justiça, receba, com respeito e admiração, essa homenagem e os votos de muito sucesso nesse novo marco.