Edição

Inovação a serviço da segurança bancária

8 de julho de 2019

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Febraban realiza nova edição do CIAB, maior congresso brasileiro de tecnologia digital para o setor financeiro

Blockchain, fintechs, cybersecurity, open banking, Inteligência Artificial (IA), Internet das coisas, desmaterialização do dinheiro… A 29ª edição do CIAB Febraban (Federação Brasileira dos Bancos) reuniu mais de 180 expositores e 250 palestrantes para debater as inovações tecnológicas disruptivas que estão determinando as decisões estratégicas das maiores instituições financeiras do País. Com o tema “Conectado com o cliente, contribuindo para a sociedade”, o evento foi realizado durante três dias no Transamérica Expo Center, em São Paulo (SP).

O Congresso contou ainda com o 3º Hackathon CIAB, competição entre especialistas para o desenvolvimento de soluções tecnológicas que ajudem a evitar fraudes bancárias, resolvam problemas de autenticação, previnam o superendividamento e melhorem a proteção de dados dos clientes e das instituições.

“É nossa marca responder com responsabilidade as demandas da sociedade. A tecnologia faz parte dessa marca, trazendo sempre novas oportunidades. A Inteligência Artificial para a análise de grandes volumes de dados, por exemplo, é uma ferramenta que está nos permitindo entender melhor nossos clientes e atendê-los de maneira cada vez mais personalizada. Dispor da informação bruta e saber como usá-la se tornaram ativos indispensáveis para o sucesso de qualquer setor da economia, desde que observados os padrões éticos, de segurança e confiabilidade, que também são características importantes do nosso setor”, comentou na abertura do evento o presidente da Febraban, Murilo Portugal.

Segundo o executivo, o investimento anual dos bancos brasileiros com tecnologia é da ordem de R$ 20 bilhões. “Fizemos uma pesquisa sobre tecnologia bancária com uma mostra de 15 bancos, que representam 90% do mercado de crédito no País. Oitenta por cento dos respondentes informaram que têm entre suas prioridades novos investimentos em big data e analytics. Além disso, 73% darão ênfase aos investimentos em IA e computação cognitiva, e 67% têm planos de investir no blockchain”, salientou Portugal.

Segurança e redução da litigiosidade – No painel “O banco na era digital”, o diretor-presidente do Bradesco, Octavio de Lazari Junior, destacou que a Inteligência Artificial e o uso de algoritmos estão ajudando os bancos a aumentar a eficácia em processos jurídicos em até 72%, além de tornar mais precisas as informações reunidas em processos de lavagem de dinheiro e reduzir o tempo de validação de informações dos clientes, dentre uma série de outros avanços.

“Avançar na digitalização vai nos ajudar a avançar em todas as outras áreas, inclusive na área do Judiciário. O processo digital, o documento digital com o mesmo valor do original físico, o blockchain e outras inovações são coisas que vieram para nos ajudar nessa área”, acrescentou Murilo Portugal em entrevista à Revista Justiça & Cidadania.

A Febraban e o CIAB – Fundada em 1967, a entidade reúne 121 de um universo de 172 instituições financeiras em operação no Brasil. Os bancos associados representam 97% dos ativos totais e 93% do patrimônio líquido do sistema bancário brasileiro. Desde a sua primeira edição, em 1990, o encontro CIAB Febraban tem incentivado o desenvolvimento da tecnologia e das transformações digitais. Mais informações estão disponíveis em www.ciab.org.br. A próxima edição será realizada entre os dias 23 e 25 de junho do ano que vem.

Watson em português

A BIA (Bradesco Inteligência Artificial) bateu no início deste ano a marca de 87 milhões de interações com funcionários e clientes desde sua implementação, em 2016. A história da BIA se confunde com a história da plataforma de serviços digitais cognitivos da IBM Watson no Brasil, pois o Bradesco foi a primeira empresa do País a treinar o sistema para interagir, em língua portuguesa, com seus empregados. Com o passar do tempo e os feedbacks dos funcionários que treinavam o sistema, o Watson ficou mais “inteligente” e o projeto pode avançar para a segunda fase: passou a interagir com os clientes do banco, que hoje podem tirar dúvidas e realizar serviços com a ajuda do sistema em até três segundos.