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Basta de regalias aos Bancos

5 de setembro de 2001

Orpheu Santos Salles Editor

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“Isto é uma vergonha”

Boris Casoy

É inconcebível que entre os 513 Deputados Federais e os 81 Senadores da República (excluídos obviamente os banqueiros, seus apaniguados e fâmulos do sistema bancário), não existam Deputados ou Senadores que, conscientemente, continuem permitindo e tolerando passivamente, condescendendo com a cupidez dos banqueiros que se cevam com o lucro desmedido auferido através dos juros escorchantes, permitidos com a omissão e conivência dos governantes.

Raia ao absurdo a constatação acintosa dos benefícios concedidos aos bancos,  que através de uma agiotagem cruel e desenfreada obtêm lucros astronômicos de dezenas de bilhões de reais, em verdadeiro atentado contra a realidade social e os interesses da Nação, em detrimento e em escárnio do sofrido e desassistido povo, representado por milhões de brasileiros, que além de passarem fome, estão desprovidos de condições mínimas para viverem, sem moradia, sem saúde, sem educação e meios com que possam sobreviver.

A Constituição de 1988, aguarda há treze anos a regulamentação do artigo 192, parágrafo 3º, que limita os juros a 12% ao ano, o que se regulamentado, impediria a escorcha financeira dos meios de produção e principalmente do povo que, hoje, se quedam inertes e explorados pelos agiotas, donos de bancos e financeiras.

Há meio século já se dizia que os ricos cada vez ficavam mais ricos, e os pobres cada vez mais pobres.

Hoje, os ricos, principalmente os que se locupletaram em cargos públicos e aqueles que exploram o sistema bancário e financeiro, já ultrapassaram a classe dos ricos, estando na categoria de milionários e nababos, e os pobres,coitados, já não são mais pobres, são miseráveis.

Está na hora de dar um BASTA às regalias fiscais dos Bancos, Financeiras e Nababos, aplicando-lhes o Imposto de Renda devido sobre as riquezas e lucros extraordinários extremamente abusivos.

E vamos pensar e agir no interesse do povo e da Nação.