As primeiras 200 edições

13 de abril de 2017

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Captura-de-Tela-2016-03-21-às-15.28.29-179x154A Revista Justiça & Cidadania chega a sua edição no 200. Para uma publicação mensal isto representa o trabalho de quase 17 anos de cobertura ininterrupta dos grandes fatos que afetam o Direito no Brasil e no mundo.

Em quase duas décadas, a humanidade se viu diante de verdadeiras revoluções em todos os âmbitos dos relacionamentos e da vida em sociedade. Nessas 200 edições publicadas ao longo desse período, a revista segue firme e cada vez mais forte na missão de reportar todos os reflexos que essas mudanças produzem no mundo da Justiça e da Cidadania.

Seguimos, inclusive, incólumes ao fenômeno da digitalização da mídia impressa. Ao contrário, completamos nosso portfólio de plataformas de leitura, unindo a relevância do papel à agilidade do eletrônico, seja em nosso site, seja nas mídias sociais.

Em 200 edições e 200 meses de história, nossa equipe acompanhou de perto cada um dos acontecimentos que afetaram e afetam o mundo. Sempre pronta a produzir pautas e reportagens capazes de colocar nossos leitores em linha com o fato e, mais do que isso, entender todos os desdobramentos futuros que essas ocorrências podem produzir na legislação e no Poder Judiciário.

Em breve retrospectiva, nos damos conta que assistimos fatos que abalaram o cenário mundial, como as guerras e lutas por território; as disputas por poder ou por motivação religiosa. Testemunhamos o atentado às torres gêmeas do World Trade Center de Nova York, em 2001, e a resposta norte-americana com a invasão do Afeganistão. E assim se seguiram os conflitos entre Israel e Palestina, a Guerra do Iraque e muitos outros que culminam em lamentáveis situações, como a desumana crise migratória da Síria e de países africanos. Vimos também as manifestações populares como a Primavera Árabe, e os tantos atentados terroristas de Madri, Londres, Noruega, Paris e Boston.

Acompanhamos perplexos as grandes catástrofes aéreas e marítimas que ocorreram nos últimos 16 anos, como a derrubada do Boeing 777 da Malaysia Airlines; o acidente com o Concorde em Paris, no ano 2000, até a queda da aeronave que levava a delegação da Chapecoense, em 2016, e muitos outros que fizeram centenas de vítimas. Choramos com a tragédia do incêndio na boate Kiss, em Santa Maria, que levou muito cedo tantos jovens brasileiros.

Continuamos a ver as mudanças climáticas subvertendo as paisagens dos planeta, provocando tsunamis, terremotos, tufões, furacões e enchentes, como as de Santa Catarina e Rio de Janeiro. E nos preocupamos com as consequências de acidentes ambientais, como o derramamento de óleo na Baía da Guanabara. Assim como observamos os reflexos nas crises de abastecimento de energia, de água e de combustíveis.

Por outro lado, celebramos as descobertas científicas e os avanços da Medicina no combate às doenças, na esperança de que isso nos ajude a superar as recentes epidemias que afetam nosso País. Também lamentamos as derrotas, mas comemoramos, com orgulho, as conquistas brasileiras no esporte, cujo ápice foram as Olímpiadas do Rio 2016.

Nos mobilizamos contra o crescimento da violência urbana no País e lutamos por justiça para as mortes de defensores da verdade e da justiça como Tim Lopes e Dorothy Stang, e inocentes jovens como João Hélio, Isabella, Eloá e Maria Eduarda.

Assistimos surpresos a derrocada econômica de uma das mais ricas nações do mundo, os Estados Unidos, com a crise de 2008, e os efeitos deste episódio na economia europeia e, também, no Brasil. Na dança das cadeiras na política mundial, acompanhamos as renúncias, deposições, afastamentos e subida ao poder de homens, honrados ou não, que garantem, por bem ou por mal, seu papel na história – assim como registramos o avanço das mulheres neste cenário, com a Alemanha de Angela Merkel, a Libéria de Ellen Johnson-Sirleaf e o Chile de Michelle Bachelet.

Foram quatro eleições presidenciais no Brasil e muitas reviravoltas na política, desde o afastamento de acusados de improbidade administrativa no executivo municipal ao segundo impeachment de um presidente da República na história do Brasil. Testemunhamos o “gigante desperto” das manifestações de 2013, o Escândalo do Mensalão, a Operação Lava Jato e todos os seus filhotes, que quase de maneira inédita na história do País, vêm punindo homens e mulheres que ocupam cargos públicos.

No mundo do Direito propriamente dito não foi diferente. Em 200 edições, a revista Justiça & Cidadania acompanhou a entrada em vigor do Novo Código Civil; a instituição da Lei Maria da Penha; a criação da TV Justiça; a Emenda Constitucional nº 45, da reforma do Judiciário; a informatização judicial; o novo Código de Defesa do Consumidor; e, ainda, celebramos os 25 anos da Constituição Cidadã.

Pessoalmente, tive o privilégio de estar presente no momento em que todos esses acontecimentos ocorreram. Durante a maior parte desse tempo, esta trajetória foi empreendida ao lado de meu pai, Orpheu dos Santos Salles, que tristemente nos deixou no ano passado. Ao lado dele, com orgulho e paixão por nosso ofício, produzimos notícias, informamos e levamos atualização aos nossos públicos de interesse. Hoje, essa missão segue nas mãos de uma competente equipe e de nossos muitos colaboradores. E eu agradeço a fortuita oportunidade de continuar esse trabalho, mas principalmente sou grato a todos os leitores e parceiros da Revista Justiça & Cidadania, que tanto nos ajudam a manter e melhorar a qualidade da publicação e garantir a melhor experiência possível do conteúdo que colocamos em nossas páginas impressas e eletrônicas há quase duas décadas.